quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A INAUDÍVEL DIFERENÇA FONÉTICA ENTRE CARAÇAS E CARA…!

O presidente da Câmara Municipal de Alpiarça negou ter dirigido a expressão vernácula “vai para o cara***!” ao vereador Francisco Cunha, garantindo que apenas desabafou “pó caraças!”, no final de uma reunião de Câmara atribulada, em que se sentiu desconsiderado pelo eleito do Movimento Todos Por Alpiarça (TPA).
As declarações de Mário Pereira foram feitas na manhã desta terça-feira, 13 de dezembro, na Instância Local de Almeirim, onde o autarca começou a ser julgado por um crime de injúria agravada com publicidade.
A primeira sessão ficou marcada pelos depoimentos diametralmente opostos do presidente da Câmara, na qualidade de arguido, e do vereador, na qualidade de Assistente da acusação deduzida pelo Ministério Público.
Mário Pereira confessou ter perdido as estribeiras no final da reunião de Câmara de 10 de setembro de 2014, depois do vereador Francisco Cunha ter insinuado que ele estaria a mentir nas explicações que estava a prestar a um munícipe.
Contudo, o autarca admitiu ter apenas dito “provocadores do caraças”, seguido de um “pó caraças!”, desabafo que nem sequer terá sido dito na direção do eleito pelo TPA.
Sobre o processo judicial em si, o presidente da Câmara considera estar a ser a “vítima” de uma manobra para “tirar dividendos políticos”, uma vez que é a sua imagem pública que sai desgastada e lesada com uma acusação desta natureza.
Na versão que Francisco Cunha relatou no tribunal de Almeirim, o presidente da Câmara de Alpiarça, que até é seu “amigo fora da política”, proferiu, sem dúvida nenhuma, a expressão que o levou ao banco dos réus.
O vereador disse ter sentido “tristeza e revolta”, porque, segundo ele, deu várias oportunidades ao autarca para se retratar, o que nunca veio a acontecer.
“Se me tivesse pedido desculpa, não estaríamos aqui hoje”, afirmou Francisco Cunha, lembrando que apresentou queixa-crime porque o episódio ocorreu durante uma reunião oficial de um órgão do município, onde estava na qualidade de vereador.
Antes do início da discussão dos factos que constam da acusação, a juíza titular do processo bem tentou que as partes chegassem a um entendimento, mas em vão.
Para Mário Pereira, pedir desculpas públicas a Francisco Cunha seria assumir ter dito algo que garante não ter dito, ao passo que esperava também que o eleito do TPA se retratasse por ter insinuado que o presidente da Câmara estava a mentir.
Sem acordo, o julgamento prossegue no próximo dia 6 de janeiro, com a inquirição das testemunhas da acusação, no período da manhã, e as testemunhas de defesa, durante a tarde.
«Textro e foto da Rede Regional»

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