quarta-feira, 13 de julho de 2016

Munícipe pondera fazer “vaquinha” para comprar sinais


Um munícipe de Alpiarça pondera dar início a uma campanha de recolha de donativos entre populares, ação também conhecida por “vaquinha”, para comprar sinalização vertical para colocar em alguns pontos da vila, depois da Câmara Municipal lhe ter respondido que não tem sequer 50 euros em orçamento para substituir os sinais mais degradados.
O caso começou em setembro de 2015, quando Pedro Duarte se dirigiu por escrito à Câmara de Alpiarça dando conta do estado de degradação de vários sinais STOP em cruzamentos da vila, bem como da necessidade de proceder a novas pinturas no asfalto.
O munícipe comunicou à autarquia que, em vários cruzamentos perigosos, os sinais STOP estavam de tal forma degradados que só são reconhecidos pelo seu formato, bem como da existência de sinais voltados ao contrário na EN368, que liga Alpiarça à Tapada.
Tendo feito um levantamento rigoroso das situações mais perigosas, Pedro Duarte até se colocou à disposição da autarquia para indicar os locais onde identificou os principais problemas.
Seis dias depois, a 17 de setembro, o munícipe recebeu um e-mail do gabinete da presidência a informá-lo que a autarquia não tinha “disponibilidade financeira” para proceder à substituição da sinalética degradada.
Ora, seis meses depois, os problemas que afetam a segurança rodoviária não só não foram resolvidos, como se agravaram, segundo Pedro Duarte, que voltou a dirigir-se novamente à Câmara de Alpiarça a 23 de maio deste ano.
Nesse e-mail, a que a Rede Regional teve acesso, o residente questiona porque razão, e já com um novo orçamento em vigor, “não houve possibilidade de substituir um único sinal?”.
“Serão cerca de 50 euros que colocarão em risco o novo orçamento?”, pergunta o requerente, lembrando que as pinturas no pavimento também continuam por ser feitas e indicando que a vizinha Câmara de Almeirim adjudicou em fevereiro a pintura da parte da EN368 que é da sua responsabilidade
Para Pedro Duarte, a “segurança dos utentes das vias não pode ser colocada em causa em detrimento da execução orçamental”.
A Rede Regional pediu esclarecimentos sobre esta questão à Câmara Municipal de Alpiarça; em seis dias, não nos foi transmitida qualquer resposta
«Rede Regional»

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