quarta-feira, 6 de julho de 2016

Entrevista de João Céu, o novo presidente da Comissão Política Concelhia (CPC) do PS de Alpiarça



… Não comento o trabalho, em concreto, desenvolvido pelo Sr. Vereador Pedro Gaspar…” afirma João Céu o novo presidente do PS de Alpiarça

«João Céu»

João Céu (foto) é o novo presidente da Comissão Política Concelhia (CPC) do PS de Alpiarça, estrutura que elegeu novos corpos sociais durante o passado mês de Junho.

Noticias de Alpiarça” convidou João Céu a dar-nos a sua primeira entrevista: Gentilmente cedeu-nos um pouco do seu tempo para dar a conhecer aos alpiarcenses o que pensa sobre a política actual e do que pretende fazer.
São suas as palavras que se seguem

NA - Após ter sido eleito  presidente da Comissão Política Concelhia (CPC) do PS de Alpiarça, quais os objectivos e projetos  que pretende levar a efeito?
JC - O mote da candidatura que elegeu a Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Alpiarça é elucidativo: “Trabalhar - Trabalhar por Alpiarça e pelo Partido Socialista”.
Para tal iremos reposicionar o PS como garante da ambição que Alpiarça deve recuperar.

NA - Como analisa o trabalho que tem vindo a ser feito pelo vereador do PS, Pedro Gaspar?

JC - Não comento o trabalho, em concreto, desenvolvido pelo Sr. Vereador Pedro Gaspar. Entendo, no entanto, que o PS (repare que falo no colectivo) tem estado muito aquém do que são as suas responsabilidades.

NA - E como analisa o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo executivo da CDU?

JC - Que trabalho? 
A incapacidade de executar, sequer apresentar um projeto?
A incapacidade de gerir património e obras deixadas por anteriores executivos?
Após 7 longos e sombrios anos, Alpiarça voltou a ser um concelho deprimido, desertificado e sem estratégia. Classificar tal “desastre” como resultado de trabalho, seria ofensivo para a definição de trabalho.

NA – O “TPA” um incómodo ou a possibilidade para um acordo de uma futura coligação?

 JC - Seja de forma isolada ou agrupada, quaisquer pessoas dispostas a trabalhar em prol de Alpiarça e dos Alpiarcenses, nunca podem ser vistas como um incómodo.
O movimento TPA tem feito o seu percurso, com posições firmes de oposição. Em democracia o princípio deve ser o do respeito democrático e o TPA merece-nos tal atitude. Falar do futuro é prematuro neste momento.

NA - Em termos de projectos o que pensa o PS/Alpiarça fazer ou apresentar para mudar Alpiarça?
JC - Alpiarça tem que recuperar a esperança. Para tal é necessário uma estratégia que deverá ser discutida de forma ampla e participada mas que, num determinado momento terá que ser assumida. O pior que pode acontecer ao Poder Local, é o que está a acontecer em Alpiarça: navegar ao sabor da corrente, sem sentido de orientação e sem questionar se a corrente vai no caminho certo. É o estar por estar – mas essa é uma atitude de conformismo, contrária ao que deve ser a ação política.
O PS em Alpiarça, encontra-se na oposição, exercendo o mandato de forma construtiva, como sempre, mantendo a esperança que o executivo altere a forma egocêntrica de agir. Tal é uma novidade em Alpiarça, no passado, não obstante divergências políticas, sempre se respeitou a oposição, suas ideias e contributos. Hoje, ao invés, tudo é politizado, por muito bom que seja um contributo, se vier da oposição, nem à gaveta chega, automaticamente é ignorado.

NA – E quanto às obras feitas e deixadas pelo executivo do PS, da responsabilidade de seu pai, Rosa do Céu  (trilhos do Complexo Turístico dos Patudos, Percurso Pedonal e velocipédico da Vala de Alpiarça, a navegação na Vala, etc…) que se encontram abandonadas o que pensa fazer o PS/Alpiarça agora presidido por si?

JC - Antes de mais, permita-me um parênteses, as obras não foram da responsabilidade do Presidente da Câmara, mas sim de um conjunto de pessoas que integravam os vários órgãos autárquicos.
As “obras abandonadas”, pessoalmente é das realidades que mais me custam, a incapacidade de manter, gerir a obra que se recebe é flagrante, como a própria pergunta o denota.
As que refere são realidades municipais. Mesmo que não se gostem, fazem parte do nosso património colectivo e como tal deveriam ser respeitadas e colocadas ao serviço de uma estratégia de desenvolvimento.

NA – Na sua opinião, quais as obras e/ou acções mais urgentes em Alpiarça?

JC - O mais urgente é recuperar a ambição, sem esta nada se realiza ou concretiza. Para carpir, temos as carpideiras. Alpiarça assemelha-se a um veículo desgovernado, com os motoristas, lamentando-se por não saberem conduzir, tentam sossegar os passageiros, dizendo que estão a fazer o seu melhor, que a culpa do desgoverno é do carro, ou dos buracos, mas os passageiros que descansem, eles estão a fazer o seu melhor...
Projetos ou linhas de ação, após o marasmo perpetuado dos últimos anos, TUDO é urgente, economia, ação social, educação, ambiente, infraestruturas, segurança, qualificação pública e privada, etc, etc, etc,.
Alpiarça, os Alpiarcenses necessitam de voltar a acreditar que merecem mais e melhor.

NA –  Nas eleições autarquias de 2017 vai ser o candidato a presidente da Câmara pelo PS ou…

JC - Na altura própria e somente aí, o PS definirá a sua posição para as eleições autárquicas do próximo ano.

NA – Uma mensagem para os alpiarcenses.

JC - A mensagem que gostaria de deixar é de esperança.

Dizer aos Alpiarcenses que este Concelho se orgulha da sua história, não se conforma com a estagnação e abandono, e que acredita que há sempre futuro, para quem não desiste de por ele lutar.
«Entrevista feita por António Centeio»

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